sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A Depressão

Um dos problemas emocionais que vem despertando grande preocupação entre os profissionais da área da saúde é a Depressão. Pesquisas apontam um aumento significativo da tal diagnóstico em crianças, jovens e adultos.
a Depressão define-se por um estado de ânimo dolorosamente incapacitante e, até, paralisante, uma tristeza profunda e duradoura que surge a partir de avaliações catastróficas e parciais da realidade. Os acometidos pelo mal, demonstram um sentimento de inferioridade, uma autocensura excessiva, flutuação de humor e rejeição social, acarretando prejuízos nas suas relações interpessoais.
Em alguns casos a Depressão pode ser caracterizada como ansiosa, deixando a pessoa sempre muito agitada e irritada, ou bipolar, alternando estados de depressão e euforia.
A etiologia da Depressão ainda causa muita discussão na área médica, os profissionais se dividem entre as perspectivas biológicas, sociológicas e psicológicas. Grande parte dos psiquiatras e psicólogos vem compartilhando de uma perspectiva integrada, levando em conta fatores referentes à hereditariedade, condições ambientais e história de vida do paciente. Muitos avaliam alguns casos como uma “Depressão endógena”, que surge do nada, sem um motivo aparente.
Todo tratamento deve ser iniciado com um psicodiagnóstico, para que depois possamos fazer uma indicação para psicoterapia e em algumas situações, tratamento medicamentoso, principalmente nos casos de depressão grave, onde o risco de suicídio é preocupante.
Devemos estar muito atentos às nossas atitudes e pensamentos, assim como ao comportamento das pessoas que queremos bem, pois o diagnóstico precoce pode ser de grande valia para um tratamento de sucesso. Enquanto não renunciarmos ao papel de vítima e não passarmos a assumir o de protagonista de nossa própria vida, dificilmente chegaremos a libertar-nos de tal nefasta aquisição; nem que seja necessário termos humildade em admitir que precisamos de uma ajuda profissional.
Somente dispomos de uma vida e não devemos permitir que ela nos escorra por entre os dedos. Como afirma o psicólogo clínico Ramiro J. Alvarez, no seu livro “Distúrbios psicológicos cotidianos”- “Quem tiver encontrado um porquê é capaz de superar qualquer como”.
Os profissionais que atuam nas Escolas, devem estar atentos aos casos que possam surgir, preparando-se para orientar as famílias e fazer indicações pertinentes. A Escola não pode esquecer do seu papel social, valorizando o indivíduo intelectual e emocionalmente.

AUTORA:Gisele Cristina Di Santo Peterson
Psicóloga clínica e institucional
Artigo publicado no jornal “Tribuna Paulista” em 02/08/02

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